Mesas redondas
MESA REDONDA 1
Qualificação: Desigualdades e desigualdades na relação com a água. Reflexões sobre justiça socioambiental e bem-estar humano
Responsável: Martín Graziano, M. Laura Sánchez, Laura I de Cabo, Daiana P. Ferraro
Resumo: Em pleno século XXI, e em plena pandemia, torna-se cada vez mais evidente a necessidade de colmatar as desigualdades no acesso a um ambiente saudável. A iniquidade é mediada pelas relações de poder (classe, etnia, gênero, etc.), que determinam desigualdades pela forma como os diferentes atores sociais influenciam a governança do território. Dispomos de abundante informação sobre o impacto das atividades humanas nas massas de água: simplificação do habitat ecológico, perda de biodiversidade, contaminação com todo o tipo de compostos (agroquímicos, efluentes urbanos, atividades industriais e extrativas, etc.), entre outros, mas não conseguimos, como sociedade, tomar consciência da necessidade de uma mudança em nossa forma de produzir, consumir e habitar nossos territórios. A partir de nossa especificidade, precisamos ampliar nossos horizontes, romper com os moldes disciplinares e estreitar laços com outros saberes, produzir conhecimento de forma holística e atuar em conjunto com outros setores da sociedade. Neste encontro nos propomos a refletir através de experiências concretas em diferentes territórios e a partir de diferentes olhares e saberes, sobre as formas como a desigualdade e as desigualdades sociais estão ligadas à nossa relação com a água como protagonista de diferentes ecossistemas. Esperamos que este encontro nos permita compreender e refletir sobre nossas formas de atuação, incluindo nossas práticas profissionais, e encontrar alternativas para reduzir as injustiças socioambientais.
Caixas de som:
** Dra. Blanca Ríos Touma - Grupo de Pesquisa em Biodiversidade, Meio Ambiente e Saúde da Universidade de Las Américas, Equador. "A aplicação dos direitos da natureza para a proteção dos ecossistemas de água doce no Equador".
** Ing. Jacqueline Bazzana – AER-INTA, Campus Santa Victoria Este, Salta, Argentina. “Acesso à água para consumo humano em comunidades indígenas e crioulas do leste de Santa Victoria este (Salta)”.
** Prof. Patricia Pintos – Geógrafo, Professor UNLP, Centro de Pesquisas Geográficas (CIG - IdIHCS), membro da Rede Nacional de Áreas Úmidas (RENAHU), La Plata, Argentina.“Zonas úmidas como objeto de desejo do extrativismo urbano-imobiliário”.
** Dra. Soledad Fernández Bouzo – Pesquisadora do Instituto de Pesquisas Gino Germani, Faculdade de Ciências Sociais, UBA. Professor Adjunto, FSOC-UBA, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. "As lutas ecofeministas em demandas por justiça hídrica nos territórios hidrossociais da América Latina".
** Lic. Leonardo Pérez Esquivel – Sociólogo, Espacio Intercuencas, Diretoria Interna ATE-AGN, Buenos Aires, Argentina. “Políticas públicas de saneamento, marcos regulatórios para fornecedores e gestão integral de bacias hidrográficas. Acesso à água e saneamento na perspectiva dos direitos humanos”.

MESA REDONDA 2
Qualificação: Os pântanos patagônicos e as mudanças climáticas
Responsável: Verónica Díaz Villanueva
Resumo: As zonas húmidas são ecossistemas que diferem dos sistemas aquáticos e terrestres. São solos com água na superfície ou alagados, pelo menos durante algum período do ano, com plantas e animais adaptados a essas características. Eles cumprem um grande número de funções essenciais nos ecossistemas e abrigam uma enorme biodiversidade. Na Patagônia existem numerosos pântanos privados, chamados mallines, que cobrem entre 4 e 7% da superfície. Estão fundamentalmente sujeitos a dois tipos de impacto antrópico: a pecuária (uso mais generalizado) e a urbanização (mais localizada). Devido às suas dimensões, em muitos casos com pequena superfície (<1ha), pouca profundidade (<2 m) e baixo volume de água, estes ecossistemas são extremamente vulneráveis às alterações climáticas e a outros processos que ocorrem rapidamente, como eutrofização e mudanças no uso da terra. O desaparecimento por secagem ou entupimento antrópico é um dos processos socioecológicos mais acelerados. Em institutos e universidades da Patagônia existem grupos de pesquisa que estudam diferentes aspectos do funcionamento e da biodiversidade em pântanos. Com base no mote do congresso, o objetivo desta mesa redonda é analisar até que ponto conhecemos esses ambientes até o momento, discutir a necessidade e a possibilidade de protegê-los das alterações de origem antrópica e, ainda mais difícil, sem leis que os protejam, se há meios de resgatá-los e para quem, considerando que a maioria deles está em propriedade privada com acesso restrito. Os serviços ecossistêmicos mais ameaçados serão discutidos neste cenário.
Caixas de som:
** Dr. Fabián Jara – Grupo de Ecologia de Macroinvertebrados Aquáticos, INIBIOMA (COMAHUE-CONICET), San Carlos de Bariloche, Argentina.“Influência de variáveis abióticas e bióticas na história de vida e interações entre macroninvertebrados e anfíbios de zonas úmidas temporárias da Patagônia”.
** Dr. Luis B. Epele – Centro de Pesquisas Esquel do Montanha e Estepe Patagônico (CONICET-UNPSJB), Esquel, Argentina. “O que a mudança climática está tirando”.
** Victoria Cremona – Estação Experimental Agropecuária de Bariloche Instituto de Pesquisas Agropecuárias e Florestais de Bariloche (IFAB) – (INTA-CONICET), San Carlos de Bariloche, Argentina.“Para um manejo sustentável de ervas daninhas em sistemas pecuários na Patagônia”.
** Eugenia Magnasco – Assessora Jurídica, Área de Meio Ambiente, I+D, CREA, San Carlos de Bariloche, Argentina. “Lei de orçamentos mínimos para zonas húmidas como ferramenta de gestão sustentável”.

MESA REDONDA 3
Qualificação: Poluentes emergentes em ambientes aquáticos: seu controle e gerenciamento são possíveis?
Responsável: Martina Mastrángelo y Adonis Giorgi
Resumo: A ideia da mesa redonda é apresentar brevemente alguns dos resultados obtidos na Argentina em relação aos Poluentes Emergentes e analisar as possibilidades de estabelecer uma legislação que permita seu controle e gestão. Além disso, será feita referência à gestão atual na Argentina e na Europa. Os coordenadores farão uma apresentação dos problemas relacionados à presença de Poluentes Emergentes, tanto de pesticidas quanto de produtos farmacêuticos encontrados em diferentes corpos hídricos continentais. Cada participante terá 10 minutos para sua apresentação. Em seguida, serão discutidas as possibilidades de gerar regulamentações e/ou realizar uma gestão mais adequada das fontes que originam os poluentes com base em experiências conhecidas na Argentina e na España.
Caixas de som:
** Dr. Sergi Sabater – Instituto Catalão de Pesquisas Hídricas (ICRA)-Universidade de Girona-Espanha.“Poluentes regulamentados em sistemas fluviais: risco ecotoxicológico e efeitos na qualidade biológica”.
** Dr. Eugenia Valdés – Centro de Pesquisa em Bioquímica Clínica e Imunologia (CIBICI-CONICET) Universidade Nacional de Córdoba, Argentina. (Participação por Zoom). “Poluentes emergentes em um rio urbano: estudo de caso Río Suquía (Córdoba, Argentina)”.
** Dr. Clara Minaverry – Instituto de Ecologia e Desenvolvimento Sustentável (INEDES-UNLu-CONICET) - Departamento de Ciências Sociais, Universidade Nacional de Luján, Luján, Argentina.“Experiências internacionais e lacunas legais na regulação do controle de poluentes emergentes e seu impacto no gozo do direito humano ao acesso à água potável”.
** Dr. Fabiana Lo Nostro – [IBBEA] Instituto de Biodiversidade e Biologia Experimental e Aplicada - (UBA-CONICET) - Faculdade de Ciências Exatas e Naturais-UBA, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. “Avaliação abrangente dos danos produzidos em peixes nativos por contaminantes antropogênicos emergentes”.
** Dr. Leandro García Silva – Chefe da Unidade de Planejamento Estratégico da ACUMAR Autoridade da Bacia do Riachuelo Matanza. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. “O problema dos poluentes emergentes em bacias hidrográficas urbanas”.

MESA REDONDA 4
Qualificação: Desafios no estudo de fungos aquáticos e organismos funcionalmente relacionados
Responsável: Alan Santiago Tarda
Resumo: Fungos e microrganismos funcionalmente semelhantes, como os oomicetos, realizam a tarefa de reciclar a matéria orgânica que entra nos ecossistemas aquáticos, tanto de origem autóctone como alóctone. Graças a essa capacidade, eles são capazes de colonizar facilmente restos orgânicos e transformá-los de forma que fiquem disponíveis para outros organismos no ambiente aquático. Esses microrganismos heterotróficos desempenham um papel fundamental na reciclagem da matéria orgânica em ambientes aquáticos e nos processos de autodepuração. O objetivo desta mesa redonda será analisar o papel de fungos e microrganismos morfologicamente relacionados em ecossistemas aquáticos e seu potencial uso no monitoramento da qualidade da água nesses ambientes. Além disso, será estudado o papel desses microrganismos heterotróficos nos processos de decomposição e celulólise. Além disso, será incluído um estudo de caso de impacto regional. Esperamos que este encontro sirva para troca de experiências que nos levem a contribuir para o conhecimento dos microrganismos deteriorantes, para melhorar a nossa capacidade de integração e para criar um espaço para futuras pesquisas e projetos colaborativos em micologia aquática.
Caixas de som:
** Dr. Mario Saparrat – Instituto de Fisiologia Vegetal (INFIVE - CONICET), Universidade Nacional de La Plata. Cátedra de Microbiologia Agrícola, Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Ciências Agrárias e Florestais, Universidade Nacional de La Plata, La Plata, Argentina.“A variação de cor da matriz polimérica da folha de Typha latifolia permanece durante o processo de decomposição em pântanos de transbordamento de rio: que mecanismos estão envolvidos em sua origem?”.
** Dra. Verónica Díaz Villanueva – Laboratório de Limnologia, Instituto de Pesquisas em Biodiversidade e Meio Ambiente INIBIOMA, San Carlos de Bariloche, Argentina. "De quantos para quem: o que sei e o que gostaria de saber sobre fungos decompositores de serapilheira em sistemas aquáticos".
** Dr. Sebastián Kravetz – Instituto de Ecologia e Desenvolvimento Sustentável."Efeito das atividades humanas na região dos Pampas em assembléias de fungos anamórficos aquáticos".
** Lic. Alan Santiago Tarda – Instituto de Limnologia “Dr. Raúl Ringuelet”, UNLP-CONICET (CCT La Plata), La Plata, Argentina. “A decomposição e a micobiota associada à folha de Typha latifolia L. permanecem como indicadores potenciais da qualidade da água”.

MESA REDONDA 5
Qualificação: Restauração, reabilitação e remediação de ecossistemas aquáticos e ribeirinhos
Coordenador: Dr. Edgardo Javier I. Pero
Resumo: Os objetivos da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável incluem garantir a disponibilidade, o acesso à água potável e seu manejo sustentável, e para isso um dos subobjetivos propostos é restaurar os ecossistemas relacionados à água, entre eles florestas, áreas úmidas e rios. As Nações Unidas declararam a década 2021-2030 como a década da restauração e, na Argentina em particular e na América Latina em geral, aumentaram as iniciativas para a restauração dos ecossistemas aquáticos e associados. Por isso, é essencial criar um espaço dentro de nossas reuniões científicas para compartilhar experiências, discutir conceitos e unificar ou definir critérios metodológicos para realizar projetos de restauração bem-sucedidos, sistematizá-los e registrar dados que nos permitam avaliar os processos de restauração em suas maneiras diferentes estágios.
Caixas de som:
** Dr. Gabriel Basílico - Laboratório de Biogeoquímica de Ambientes Aquáticos, Museu Argentino de Ciências Naturais "Bernardino Rivadavia" - CONICET, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. “Zonas úmidas de tratamento de efluentes líquidos”.
** Dra. Laura de Cabo – Laboratório de Biogeoquímica de Ambientes Aquáticos, Museu Argentino de Ciências Naturais “Bernardino Rivadavia” – CONICET, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. “Restauração ecológica em bacias hidrográficas da região do Rio de la Plata”.
** Dra. Claudia Feijoó – Instituto de Ecologia e Desenvolvimento Sustentável (INEDES, CONICET-UNLu), Luján, Buenos Aires, Argentina.“Problemas que podemos enfrentar quando queremos fazer uma restauração, do biológico ao social”.
** Dr. Edgardo Pero – Instituto de Biodiversidade Neotropical, IBN (CONICET-UNT), Faculdade de Ciências Naturais e Instituto Miguel Lillo, Universidade Nacional de Tucumán, Tucumán, Argentina. "Restauração de matas ciliares na escala da paisagem e com enfoque socioecológico na planície úmida de Tucumán".
